Responsável por 70% dos financiamentos para agricultura, o Banco do Brasil agora promove recuperação de mata e bacias hidrográficas degradadas
A agropecuária é responsável por 78% de tudo o que já foi desmatado na Amazônia. Boa parte das áreas abertas para novos pastos são invasões de terras públicas. E a maioria dos desmatamentos foram realizados sem autorização do órgão ambiental. Essa expansão desordenada nem sempre gera benefícios a longo prazo. Depois que o solo foi esgotado pelo corte e pela queima, os pecuaristas seguem em busca de novas áreas de floresta. Para auxiliar os produtores rurais a mudar essa sequência destrutiva, o Banco do Brasil lançou os programas que financiam a substituição dos sistemas tradicionais de plantio e produção de gado por métodos mais sustentáveis. Atendem pequenos, médios e grandes produtores rurais.
O Programa Agricultura de Baixo Carbono empresta até R$ 1 milhão para o produtor implantar práticas que não contribuam para as mudanças climáticas. Um exemplo são as técnicas de criação de gado em áreas sombreadas por árvores. Isso evita o desmatamento, que lança na atmosfera o carbono das florestas queimadas. Outra atividade financiada pelo banco é a recuperação das reservas legais, trechos de mata que o produtor deve manter na propriedade. Também há plantio de mudas para reflorestamento com espécies nativas.
Outro programa, o Água Brasil, incentiva a preservação de mananciais em 14 bacias hidrográficas do país. No Acre, o pecuarista Mirko José Soares de Carvalho, de Xapuri, usará seu crédito para restaurar parte da mata nativa num dos córregos que cortam sua propriedade, a fazenda Sumaré. [UTF-8?]“Além de recuperar o igarapé, pretendo transformar a fazenda numa unidade demonstrativa de boas práticas de pecuária, para que seja um polo de assistência técnica aos outros fazendeiros da [UTF-8?]região†, afirma Mirko. Em Planaltina, no Distrito Federal, o Programa Água Brasil financiou a recuperação das nascentes na propriedade do casal Fátima e Mauro Kaizer Cabral. Agora, eles buscam crédito para transformar a produção de hortaliças numa lavoura orgânica.
O Banco do Brasil tem uma carteira de R$ 100 bilhões para agricultura. Fornece 70% do financiamento do setor. Diante da influência, assumiu a missão de modernizar o campo. [UTF-8?]“Buscamos tornar o setor agrícola mais responsável [UTF-8?]ambientalmente†, diz Rodrigo Santos Nogueira, gerente de desenvolvimento sustentável do banco.
(Fonte - http://epoca.globo.com// colunas-e-blogs/blog-do- planeta/ - 09/outubro/2013)
Via: Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Chapecó